Cristãos São Condenados na China por Distribuir Bíblias Fora dos Canais Autorizados

Nove cristãos foram condenados na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, por distribuírem Bíblias fora dos canais autorizados pelo governo. As penas, proferidas pelo Tribunal Distrital de Hohhot Huimin, variam entre um e quase cinco anos de prisão, com multas que somam até 1 milhão de yuans (cerca de US$ 137 mil).

O grupo distribuía Bíblias legalmente impressas em Nanquim, mas sem a mediação das igrejas “permitidas” pelo Estado, operando por meio de uma igreja doméstica não registrada. Durante o julgamento, os réus afirmaram que sua intenção não era comercial. Relataram que adquiriam as Bíblias por 95% do valor de capa e as revendiam por 75%, com o propósito de facilitar o acesso à Palavra de Deus como parte de sua missão evangelística.

A organização International Christian Concern (ICC) destacou que os envolvidos haviam se recusado a se submeter ao Movimento Patriótico das Três Autonomias, órgão oficial que representa as igrejas protestantes sob supervisão do Partido Comunista Chinês. Essa recusa, segundo a ICC, teria contribuído para a repressão ao grupo.

Ban Yanhong, identificada pelas autoridades como uma das líderes do grupo, foi julgada separadamente e condenada em abril de 2024 a cinco anos de prisão. Segundo documentos do processo, tanto ela quanto Wang Honglan já possuíam histórico de detenções por atividades religiosas não autorizadas. Wang teria cumprido anteriormente cinco anos de prisão e um ano em um campo de trabalho forçado.

Cinco dos condenados — Ji Heying, Ji Guolong, Zhang Wang, Liu Wei e Li Chao — já haviam cumprido parte ou a totalidade das penas em regime de prisão preventiva. A sentença foi formalmente datada de 20 de novembro de 2024, mas só comunicada em abril de 2025.

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